segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Diário Caleidoscópolis: Produção Artística

Quando pensamos em um Larp, imaginamos como serão as regras, as mecânicas, o ambiente e a atmosfera que queremos para o jogo. No Caleidoscópolis não foi diferente, criar o clima propicio para este Larp foi muito bacana.

O Cauê, depois de uma ideia inicial, criou as regras e mecânicas de jogo que logo foram debatidas com o Luiz chegando assim ao formato que desejava para o Larp. Logo o Luiz apareceu com a sugestão de trabalharmos inspirados no diretor e cenógrafo Robert (Bob) Willson “que trabalha com elementos visuais e sonoros criando um teatro de visão que transcorre
lentamente, com propostas belas e poéticas”


Com base no game e nestas referencias o Luiz rascunhou o que seria o nosso ambiente. Maquetes. Ao invés de um único ambiente teriam quatro, cada maquete seria um destes locais colocadas em um expositor e com uma iluminação adequada para diferencia-las e climatiza-las.


E é neste contexto que eu entro com a produção artística, que ficou por minha responsabilidade. Comecei a procurar como fazer as maquetes.
Estávamos a procura de maquetes planificadas, as quais o modelo vem desenhado e ao recortar podemos montar uma estrutura em três dimensões.

Depois de um bom tempo de busca, descobri que, na verdade, estava a procura de um papermodel, modelo de papel de arquitetura (existem modelos de papel de todo tipo: brinquedos, personagens, objetos e outras mil coisas) que poderia compor nosso cenário.

Imprimi vários, montamos, brincamos, amassamos carregando para todo lado, e no final definimos por 4 maquetes que seriam: um farol, um conjunto de prédios, uma casa antiga e uma igreja.

Com a data limite para 2 semanas, começamos a loucura da confecção das maquetes. E corre com os materiais, e corre com as impressão dos modelos de papel, já nas dimensões que precisávamos. E “borá lá” com a montagem que ocorreu em Suzano, na casa dos meus pais. É isso mesmo, Suzano...longe... Loucura recheada de Café, chocolate e os mascotes da casa para tirar umas risadas e aliviar o estresse.

Era cortar papel, montar as maquetes e testar materiais. Contratamos a Vanessa Lima, porque definitivamente não daria tempo sem ela. Fizemos cores de tinta de todo tipo pra poder colorir as gramas, que depois de um tempo, descobrimos que era feita de serragem. Isso foi bem bacana, tivemos que usar muita criatividade para saber como fazer miniaturas de árvores, bancos, esculturas, piso, ruas e tudo mais.

O FAROL

Além da miniatura do farol, foi necessário muito papel machê para a montanha. Usei pedras de construção para representar as pedras da encosta, muita cola com tinta para o mar e bastão de cola quente com tiras de PVC para o coqueiro.





A CASA

A casa foi um verdadeiro encanto para realizar. Nas brincadeiras iniciais, criei uma paixão por ela e foi fantástico poder montá-la. Usamos grama de serragem, casca de ovo com anilina para o piso, os postes eram também de papel e pequenos pedaços de madeira especial para a cerca da maquete. Arame retorcido e pintado para o tronco da árvore. Esponja pintada e serragem colorida para a copa. Bucha de banho para o pinheiro e a trepadeira.

A IGREJA

Definitivamente, foi a que deu mais trabalho para a criatividade. Precisava de ruas e calçadas e vegetações de todo o tipo para o jardim. O diferencial foram as calçadas feitas de papel impresso, com cara de piso, e cola para impermeabilizar, já que foi impresso em DeskJet. Os minúsculos pinheiros de esponja colorida e os arbustos do mesmo material.


CONJUNTO DE EDIFÍCIOS

Os prédios foram feitos basicamente da mesma forma das outras maquetes. As criações para os detalhes é que foram bacanas. Passei pela marcenaria do meu pai e peguei todo tipo de coisinha pequena que servisse para algo, isto resultou em coisas bem legais como: a escultura de toquinho de madeira e pedaços de plástico e a fonte que é como uma peça plástica que cobre as cabeças de parafuso com o fundo pintado de azul. Micro árvores com troncos com ½ cm de altura e um pingo de esponja unidos a paciência do Cauê de confecciona-las, e o rio pintado de azul com uma folha de acetato para finalizar.

CONCLUSÃO

Realizar este trabalho foi um verdadeiro exercício de união entre: criatividade, tentativas, desapego e trabalho em equipe. Com a entrega dos expositores pelo marceneiro, a produção estava encerrada deixando uma ótima sensação de terminar um trabalho realizado com carinho e dedicação
.

2 comentários:

  1. Lindas maquetes, parabéns!

    Mostrá-las nos deixou com um "quê" de degustação...de água na boca pra vê-las de perto!

    Se este era o intuito...podem ter certeza que deu certo! Parabéns a esta pequena grandiosa equipe!

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  2. Excelente trabalho. Parabéns ao grupo!

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